segunda-feira, 12 de julho de 2010

Paixão (inter)nacional

Eles foram bem mais rápidos do que eu e antes que eu achasse um tempo pra escrever sobre a copa na Austrália o Brasil já tinha chegado em casa…
Mas achei era justo compartilhar o que a gente viu por aqui no último mês. E posso dizer que do outro lado do mundo, a copa não deixou nada a desejar!
(Veja bem: eu falei a copa, não a seleção).
Carro com bandeirinhas: tinha. Pessoas com camisas de times: tinha. Bandeira nas janelas das casas: tinha. Propaganda na TV: tinha. E tudo o mais que eu já vi acontecer no Brasil em virtude da copa.
O que nos surpreendeu muito, aliás, porque estávamos imaginando que o evento fosse passar relativamente despercebido já que a Austrália não tem muita tradição no esporte. Mas os cangurus não fizeram feio na hora de promover o evento não e eles sabem exatamente como pular bem alto quando sai um gol!!!
No banco do Leandro tiveram até atividades do tipo: na sexta-feira o terno estava abolido e as pessoas podiam ir vestindo a camisa do time de sua preferência (e aqui, quando se fala em “time de sua preferência”, aparecem camisas de todos os cantos do mundo, afinal de contas a gente vive na verdadeira Torre de Babel!).
Também fizeram um concurso e cada um podia decorar sua baia com temas de um dos países da copa. Claro que a da área do Leandro foi o Brasil (e quem estava por trás da decoração era eu!!!).
Pra combinar com o estilo irreverente australiano foi lançado um programa de TV que comentava a copa com extremo bom-humor, fazendo piada de tudo e de todos. Fantástico! Rimos muito com isso! Tinha até o “Troféu Rivaldo” para o jogador mais falso do dia, mostrando aqueles lances em que eles levam uma bolada de leve e se jogam no chão fazendo uma cena enorme para sensibilizar o juiz.
Mas o ponto alto da copa mesmo foi assistir ao jogo no Darling Harbor, um dos pontos mais turísticos da cidade e ouvir ali, a beira mar, de frente para a maravilhosa bahia de Sydney e para o telão mostrando a nossa seleção em campo, o hino nacional brasileiro.
Simplesmente emocionante!

domingo, 27 de junho de 2010

Visitas!

Lá vou eu ter que me desculpar de novo pela ausência, mas é sempre por uma boa causa e a vantagem é: eu volto cheia de novidades!!!
São tantas aliás, que eu vou ter que dividir em três postagens.
Essa vai ser a da fantástica visita da família à Austrália.
Depois de dois longos anos e vários ameaços, dessa vez foi pra valer e no meio de maio eles desembarcaram na terra dos cangurus.
Cheio de malas e de uma quantidade inacreditável (INACREDITÁVEL) de comidinhas do Brasil. Eu diria que o carregamento beirava contrabando, mas como os formulários da imigração não perguntam quantos Bis ou quantas paçoquinhas você está trazendo, foi tudo importado legalmente!
E mais legal ainda têm sido comer tudo isso!!! (O que não legal é ver o caminho que eles fazem da minha boca direto pra as minhas coxas, mas isso é assunto pra outra postagem...)
O primeiro evento do qual as visitas participaram foi minha formatura do mestrado, que teve direito a beca, diploma, foto oficial e tudo mais.
E depois, como não poderia faltar, comemoração num bar embaixo da Operah House, de frente pra Bahia de Sydney e pra ponte. Mais típico impossível!
Aliás, falando em bahia de Sydney, lá foi a primeira parada das visitas e ao primeiro sinal de mar azul e da enorme ponte de ferro meu pai disse: “é longe mas vale a visita!”
Se ele já estava achando isso nas primeiras horas em Sydney, fiquei tranqüila porque tudo o mais que viesse seria lucro!
Mas Sydney é assim. Encanta de cara, e não só a primeira impressão. É assim mesmo!
E pra que a imersão australiana fosse ainda maior, não poderiam faltar cangurus aos montes, coalas, wombats, pingüins, ornitorrincos e tudo o mais que se pode achar por aqui. E eles viram solto no mato, nos campos, nas praias e no zoológico.
E viram praias, praias, praias. E mais praias!
Fomos para Queensland, que fica ao norte do estado onde moramos. Lá visitamos uma praia que é tipo Búzios chamada Noosa. Pequena, charmosinha, modinha e linda demais. Também levamos as visitas para uma super aventura numa ilha chamada Fraser Island.
Até a primeira metade do passeio mami estava feliz da vida, adorando tudo. Até que o ônibus 4x4 que estava nos levando pegou umas estradas completamente rústicas, de areia e pedra, e começou a chacoalhar absurdamente!!! Aí ela já estava querendo me matar pela brilhante idéia do passeio!
Mas a paisagem valia a pena e entre mortos e feridos (o que inclui uma tartaruga marinha e uma cobra venenosa mordida por uma águia) salvaram-se todos (exceto a pobre tartaruga, morta largada na areia… E o Leandro que quase morreu de medo quando o guia pegou a cobra e trouxe pra dentro do ônibus pra mostrar pra gente!).
Do nordeste seguimos para o sul para levá-los a Melbourne e a costa ali por perto.
De volta a Sydney, o melhor de passear por um lugar que você conhece com alguém que não conhece é que eles sempre vêem coisas que você nunca viu, então quem acabou fazendo turismo fui eu.
E a verdade é que depois de 3 semanas de intenso passeio as visitas estavam acabadas, assim como eu.
Eles foram embora e quem estava precisando de férias era eu!!!
(Mas sem eles por aqui não teriam tanta graça… Voltem logo!!!)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Virando gringo

O dia ontem foi bem diferente. Bem “coisa de gringo”, eu diria.
Teve churrasco de salsicha, grito de guerra, picnic, esporte atípico, pessoas de várias nacionalidades e sotaques e tudo o mais que você possa imaginar para caracterizar o estilo de vida australiano.
Claro que não faltou também mar, sol e cerveja (e ao contrário do que as pessoas acreditam, australianos não bebem Foster!).
O evento era uma competição de remo organizada pelo banco onde o Leandro trabalha. O lugar, um parque nacional (sempre!). E a cor do time, pink. (Isso não era nada, o pior era a roupinha… Reparem nas fotos!).
18 times participando e o da área do Lê ganhou - tenho certeza que nesse momento, em plena tarde do dia seguinte, estão tomando cerveja no escritório pra comemorar. Isso também faz parte do “estilo de vida australiano”!
E na hora da premiação o CEO do banco foi convidado pra falar. Alguns detalhes antes: o banco é o maior da Austrália, está entre os 50 maiores do mundo, tem em torno de 40 mil funcionários (a prova era só pra divisão do Leandro, umas 6 mil pessoas) então pressupõe-se que o CEO não é um, vamos dizer assim, qualquer, certo?
Se estivéssemos na represa de Guarapiranga ele provavelmente teria alguns seguranças por perto, fiscalização na entrada do evento, helicóptero parado na esquina ou uns 2 ou 3 carros blindados, e por aí vai.
Mas não é que o homem era exatamente o “qualquer um” que estava bem na minha frente assistindo à premiação?!
De camiseta, bermudas e chinelo, com o boné de uma das equipes. Ou seja, pôs a mão na massa, competiu, perdeu e deu o troco na hora do discurso dizendo que ele é um grande admirador da cultura japonesa e gostaria que os australianos absorvessem um pouco daquela cultura, pois um japonês nunca ganharia do próprio chefe!!!
(Ainda bem que meu marido só joga futebol e nem imagina como se pega num remo!)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O dia da caça


Hoje eu corrompi alguém e não me sinto nem um pouco mal por isso!
É o seguinte: desde que eu cheguei na Austrália eu redescobri minha paixão por livros, mais precisamente por bibliotecas.
Elas são um mundo fascinante e durante o mestrado eram mais ou menos tão legais quanto os botecos durante a faculdade.
O problema era sempre o mesmo: eu chegava lá pra pesquisar um tópico, achava uns 40 livros interessantes nas prateleiras – uns 5% relacionados aos temas e os outros 95% não necessariamente – e não conseguia escolher o que levar.
Alunos de mestrado tinham direito a emprestar 20 livros por vez. E aí começava o problema…
Eu pegava tantos que não conseguia carregar. Tinha que voltar a pé pra casa parando de banco em banco pra dar uma sentadinha e descansar os braços ou, plano B (sempre a melhor opção!), ligar pro Leandro e pedir socorro. Sobrava então pra ele vir andando ao meu encontro e me ajudar a levar a carga!
O preço que eu pagava era ter que ir ouvindo sermão porque "eu deveria pegar só aquilo que eu conseguisse carregar e não todo aquele peso e eu não aprendia e era toda vez a mesma coisa e blábláblá…"
Vingança seja feita, hoje ele foi comigo à biblioteca!!!
Nunca critique uma pessoa até que você já tenha passado pelo que ela passa. Nunca condene alguém sem ter estado na pele do outro.
E ele aprendeu a lição direitinho!
Dessa vez estávamos na bilioteca municipal e, enquanto ele me esperava pesquisar umas coisas de design, resolveu dar uma voltinha pelas prateleiras de business.
Surtou. Sumiu. Ficou quietinho.
Dalí 10 minutos reaparece na minha frente dizendo: “Podemos ir?”. Só soube que era ele pela voz, porque a cara não dava pra ver atrás da pilha de livros!!!
Os títulos eram: “Liderança e você”, “Liderança e o vizinho”, “Liderança e o primo”, “Liderança no ambiente de trabalho”, “Liderança na academia”, “Liderança na p.q.p.”, etc…
(Preciso ficar esperta senão ele vai começar a mandar em mim e, como um bom líder, eu não vou nem perceber.)
Bom, justiça seja feita, depois do nosso insight nerd subimos até o cafezinho da biblioteca pra beber alguma coisa enquanto fazíamos uma seleção dos livros que iríamos levar pra casa, afinal de contas, agora a carga tinha dobrado e cada um teria que carregar o seu.
E como estamos em Sydney, o cafezinho da biblioteca pública tem uma mega vista pra Bahia e pra Harbor Bridge!
Chequem aqui o tour virtual do terraço.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Direitos (de quais) humanos

Lá vem a gente de novo…
Tô aqui com a TV ligada e começa a reprise (o que é pior ainda, porque quer dizer que o dobro de gente vai ver) de um documentário sobre um presídio brasileiro.
Dessa vez o alvo foi o Presídio Central de Porto Alegre e devo dizer que até mesmo as imagens do Carandiru antes de ser demolido não demonstravam tamanho descaso pelo ser humano como a situação mostrada por essa repórter.
Não quero aqui entrar numa discussão sobre quem tem “direito a direitos humanos” ou sobre o passado destes presidiários, mas alguns números falam por si só:
- o presídio foi construído para 1.000 a 1.500 pessoas, enquanto hoje têm 5.000;
- numa das alas haviam 2 vasos sanitários para 60 pessoas e 1 chuveiro;
- uns 8 presos dormiam nos corredores, 1 dentro do banheiro e 1 outro em cima da laje do banheiro. Ah! Sem falar nos que não podiam pagar para dormir (isso mesmo) e dormiam sentados…
Acho que também cabe ressaltar para aqueles que estiverem pensando coisas do tipo “ele tá dormindo sentado mas a pessoa que ele matou tá deitada até hoje”: entre os presos haviam também doentes mentais ou paraplégicos que, por não terem ninguém para movê-los do lugar, acabavam com escarras que infeccionavam e os levavam à morte (que ironia! Alguém para levá-los a algum lugar...).
Mas como eu disse, não quero levantar a discussão, só dividir o que eu estava assistindo na TV e aproveitar pra repetir a frase de Nelson Mandela que o apresentador do programa citou: “O grau de desenvolvimento de uma nação é auferido não pelo modo como ela trata seus ilustres, mas seus marginalizados”.
(E pra quem quiser assistir o vídeo ou ler os comentários, clique aqui.)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Papai Noel existe

Deixe o seu marido sozinho por duas semanas, viaje para o outro lado do mundo e na volta você certamente vai achar coisas que não estavam em casa antes...
Entre elas um boné que eu nunca tinha visto (menos mal! Pior se fosse uma calcinha!).
Perguntei, claro, de quem era o boné e ele me deu a seguinte explicação: "É meu. Ganhei porque meu caranguejo chegou em primeiro".
Ãh? Ãh? Ãh????
Naquele momento eu poderia ter tido, com toda a razão do mundo, um típico chilique feminino daqueles em que a gente grita: "Tá achando que eu sou idiota???" ou "Tá esperando que eu acredite numa história absurda dessas???" ou ainda "Tá tirando uma com a minha cara???".
Mas, 30 segundos de reflexão em silêncio depois, eu cheguei a conclusão de que ele poderia estar falando a verdade ou, pior ainda, falando sério...
E tava!
Ele me explicou (e provou – repare na foto) que foi a um bar com os amigos e, lá pelas tantas, o bar promoveu uma corrida de caranguejos. Ele apostou num deles e lá foi o super caranguejo, rumo a vitória!
Alguém pode até ler isso e se questionar: “E você realmente acreditou...”.
Mas eu moro na Austrália, não duvido de nada!

sábado, 10 de abril de 2010

Bichinho de estimação selvagem

Eu ainda não tenho fotos para ilustrar essa postagem, mas tenho três testemunhas que me asseguram que eu não estou enlouquecendo.
A questão é que temos um vizinho que tem um bicho de estimação nada convencional.
Tudo começou quando o Leandro me disse que quase todo dia, a caminho do metrô, ele via um cara passeando com um bicho estranho, branco, "como se fosse um cachorro, mas que não era um cachorro..."
Ele não soube definir muito bem que bicho era (meu marido não tem muita familiaridade com animais... Sabe como é, empinava pipa no ventilador e aquelas coisas de paulistano...).
Uns dias depois tô na sala de casa, olho pela porta da sacada e vejo uma CABRA branca passeando bela e formosa pela calçada!
Ah? Me perguntei. “Uma cabra branca passeando pela calçada no meio da cidade, assim, como se fosse super normal?”
Pois é... Corri para olhar direito e vi a fofinha dando sua voltinha vespertina (provavelmente pra fazer seu xixizinho no poste - pera lá! Será que cabra faz xixi no poste? Essa não vou saber responder).
Um pouco atrás vinha o dono, com a coleira na mão!
Moral da história: Espero que eu não esteja mais aqui para testemunhar o dia em que as pessoas vão passar pela minha janela montada nas costas de um canguru...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Coelinho da Páscoa sóbrio

Páscoa é Páscoa em qualquer lugar do mundo, certo?
Errado, claro, quando se trata de Austrália.
A primeira diferença é que aqui ela dura um pouquinho mais: a sexta–feira ainda é santa, o sábado é só aleluia, o domingo é de Páscoa e a segunda é dia livre!!! Feriado nacional!
A outra diferença a gente descobriu quando resolvemos fazer um churrasco de última hora na Sexta-feira Santa.
Conseguimos garantir os comes direto do mercado de peixe, lindos e fresquíssimos. Tão lindo que eu fiquei brincando com o peixe de quase 60 cm como se ele fosse um bicho de pelúcia (abrindo a boca, puxando a língua, esticando e recolhendo as barbatanas, etc...), até que entendi a diferença entre ele e um ursinho peludinho: cortei a mão nas barbatanas e ficou ardendo até agora!
Uma vez que os comes estavam garantidos fomos organizar os bebes e depois de uma certa peregrinação pela vizinhança os meninos descobriram que o consumo de alcóol nesse dia é liberado, desde que ele aconteça dentro dos bares.
Ou seja: é permitido beber, mas não levar a bebida pra casa. Vender bebida é crime!
Faz sentido na cabeça de alguém? Eu ainda não entendi.
Com bebida ou sem bebida, a diversão no churrasco foi garantida por um simpático casal de colombianos ensinando aos brasileiros que se você chegar na Colômbia e disser a qualquer pessoa na rua: “Preciso urgente montar numa buceta” as pessoas vão gentilmente te levar até o ponto de ônibus mais próximo!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Terrinha

Foi rápido mas foi bom demais!
Minha passagem quase surpresa e relâmpago pelo Brasil teve de tudo um pouco: almoços, viagens, cafés, visitas, cerimônias e como não poderia faltar, muita, mas muuuuuita risada!
(Só não teve mais risada do que fotos, claro.)
A parte totalmente dispensável da viagem ficou por conta do calor INFERNAL de Mogi Mirim: 200graus na sombra com sensação térmica de 300.
Não estou mais acostumada com isso… Foram 10 anos vivendo na poluída porém agradável temperatura de São Paulo e mais 2 em Sydney. Sem falar que nesse meio tempo se tornaram visíveis os resultados do aquecimento global, o que elevou Mogi Mirim ao 2o lugar no meu ranking de lugar mais quente da face da terra, perdendo única e exclusivamente para o inferno.
Mas para meu alívio existe Campos do Jordão! E o final de semana por lá foi ótimo, não só por que as reações químicas do meu cérebro voltaram a acontecer uma vez que ele estava operando na temperatura recomendada pelo fabricante, mas principalmente pelas agradáveis companhias.
É curioso como as pessoas que passaram a infância/adolescência juntas quando se encontram insistem em agir da mesma maneira, não é mesmo? Hahaha! Adoro vocês!
Será que é só flash-back ou a gente nunca cresceu mesmo? Qualquer que seja a resposta, acho que prefiro não saber porque seria filosófica e madura demais!!!
Passo…
Falando em madura, a única criança autorizada a utilizar esse título na história toda, mais conhecida por Lia, não tinha espaço nem no seu próprio edredom, que foi invadido por pessoas com mais ou menos 15 vezes o tamanho e peso dela. E a pobre criança teve que engatinhar no chão frio de Campos!!!
E ainda sobre essa coisa fofa, só quem viu o nosso encontro no aeroporto pode descrever o que foi aquilo! Primeiro a boneca segurando a placa de boas-vindas com as próprias mãos e depois o grito de reconhecimento: “Ahhhh!!!”, como quem diz: “Você por aqui?!”.
(Tudo bem que no dia seguinte, quando eu apareci no berço dela já cedo enquanto os pais ainda dormiam, ela fingiu que não estava me vendo. Isso demonstra que já está seguindo as recomendações dos pais de não falar com estranhos!)
E quem diz que criança não enxerga tela de computador ou TV tá profundamente enganado porque essa menina conhece cada marca do meu rosto pelo skype há uns bons meses! (Veja bem, eu falei em marca e não ruga, até porque o comentário geral foi que eu estou muito bem, obrigada!!! “Melhor do que nunca”, pra se exata. É ótimo ficar tempos sem ver as pessoas, elas são tão calorosas com você. Melhor ainda é usar anti-idade da La Roche, funciona mesmo!)
No mais, foi tudo fantástico.
E como diriam por aí: “passagem da Austrália pro Brasil: muitos dólares. Presente pra família inteira: muitos outros dólares. Rever pessoas muito queridas e matar as saudades: não tem preço.”
E como para todas as outras existe Master Card, deixa eu ir trabalhar pra pagar a fatura!
(Hi... Acabei de lembrar que pedi demissão antes de ir pro Brasil. Mas isso fica pra outro post!)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Explorando o território


Finalmente começamos cumprir nosso plano de explorar a Australia e a primeira semana do ano foi de ferias em Melbourne e região (é, eu sei, a postagem está um pouco atrasada…).
Meu parecer depois de um final de semana prolongado foi: Sydney continua imbatível no quesito beleza natural. Tô pra ver cidade mais bonita!!! Mas Melbourne tem suas vantagens: ao mesmo tempo um ar cosmopolita misturado com um aspecto de cidade do interior - um pouco menor, com pessoas muito amigáveis.
Cheia de cafesinhos, restaurantesinhos e vielas. Lojinhas, lojinhas, lojinhas (sim, depois de trabalhar por um ano numa loja eu aprendi um pouco a comprar!!!).
E um circuito de Fórmula 1 no meio da cidade, em volta de um parque, onde eu pude brincar de piloto (a 40km/h…) com um carro que mais parecia um caminhão de tão grande (levava 8 pessoas e tinha aquelas portas laterais que deslizam.
De Melbourne fomos para a Great Ocean Road, que é uma estrada a beira-mar maravilhosa, com paisagens de cair o queixo e coalas pendurados pelas árvores (demorou mas eu finalmente vi coalas, e de monte).
O ápice foi uma voltinha de helicóptero pra descobrir que o que já era lindo do chão é simplesmente inacreditável visto de cima!
Pra finalizar a viagem passamos alguns dias em Phillip Island, uma ilhazinha cheia de pessoas extremamente simpáticas, penguins (850 só de um lado da ilha, onde fomos assisti-los sair do mar) e muitas praias com pedras pretas e um mar transparente-azul.
Ansiosos pela próxima viagem!!!
(Clique aqui e aqui de novo pra ver as fotos).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Torce, retorce, procuro mas não vejo...

No final não era nem pulga nem percevejo, mas o bicho fez um estrago razoável...
Na semana passada comecei a achar umas picadas no meu corpo e uns dias depois o Leandro aparece com as mesmas.
Começamos a ficar encanados que vinham do nosso colchão, já que enquanto estivemos de férias o dono do nosso apartamento tinha trazido um novo pra gente.
Reviramos o colchão todo e vimos uns micro-micro insetos que a meu ver pareciam uma pulga, mas a verdade é que eu vi pulga uma única vez na minha vida, então não sou muito boa em reconhecê-las...
Meu marido, pessoa criada no "campo" de São Paulo tem as mesmas habilidades, então ficamos sem saber o que era aquilo.
Enquanto não doscobríamos, lá fomos nós pra uma feijoada (sim, aqui acontecem feijoadas no domingo também!).
Começamos a escutar de todos os nossos amigo que por aqui existe um problema de infestação por "bedbugs", um inseto que aparece em hotéis e é espalhados normalmente por mochileiros ou outros viajantes que acabam levando o bicho na mala. Uma vez que a casa é contaminada, a saída é jogar fora e queimar colchões, travesseiros, sofás, roupas, carpete e afins...
Uma notícia super agradável de se receber num calmo e tranquilo domingo a tarde!
Sem ter muito o que fazer, seguimos com o pagode e a caipirinha!
Chegamos em casa e lá vamos nós voltar aos tempos de combate a insetos (vide primeiro mês de blog).
Descobrimos que o tal "bedbug" é ninguém mais ninguém menos que o percevejo, que pra mim só existia na musiquinha inocente do título.
Como a história não é bem essa, botamos o colchão na sacada, pegamos lençois novos, inflamos um colchão de ar e dormimos nele, no meio da sala.
Adiantou? Nem um pouco! Acordamos com mais picadas e lá vamos nós pro médico.
Depois de olhar as picadas ele disse que não eram definitivamente dos bedbugs (menos mal!), mas provavelmente de um ácaro que deveria estar nas nossas coisas.
Deu um anti-alérgico pra tomarmos e uma loção pra aplicarmos no corpo.
E agora estamos os dois aqui, cheirando que nem aquelas crianças piolhentas que tomam banho de creolina antes de ira pra escolinha pra não contaminar os amigos!
(Contato pela internet está liberado!)