segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Alívio pra stress: é a vista ou os socos?


Assíduos praticantes de boxe que éramos no Brasil, não poderíamos deixar pra trás nossa atividade física em terras australianas.

Seguindo as sugestões da nossa guia Kakes lá fomos nós em pleno sábado, às 8:30 da manhã (olha o exemplo!!!) fazer uma aula de boxe gratuita oferecida por um hotel à beira mar na praia de Coogee.

Se não bastasse o fato da aula ser gratuita, atentem-se ao cenário em que ela foi dada!


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O que aconteceu com as saias?

Eu não sei qual é o problema, só sei que australiana não suporta saia.
Elas não suportam tanto, mas tanto, mas tanto, que você praticamente nem as vê por aqui.
E não é só a sainha que vai ao shopping não. É a sainha que vai ao trabalho, à escola, ao supermercado, etc...
Elas são tão ínfimas que chegam a ser invisíveis.
Talvez o país esteja passando por uma rescessão na indústria de tecidos... Deve ser isso! Definitivamente.
Nada mais explica andarem com tão pouco pano na linha do quadril.
(E depois o mundo fala dos nossos biquinis...)

Top Less pode!

Essa história é boa!
Estávamos nós no Ópera Bar comemorando o aniversário do André (no mesmo dia da postagem anterior).
Lá pelas tantas a Samara (amiga nossa de passagem por aqui) resolveu dar uma dormidinha na mesa porque estava morta. Tinha chegado do Brasil naquele dia de manhã e ainda não tinha descansado nada.
Não deu nem dois minutos que ela tinha baixado a cabeça e apareceu um segurança pedindo para ela se levantar. Ela disse que estava com muito sono e ele respondeu que se ela quisesse dormir que fosse embora pra casa, porque no bar era proibido!!!
Claro que começamos a rir e não levamos a sério, até que uma alemã que também estava conosco avisou que ele não estava brincando...
A Karina indiganda ainda tentou negociar explicando que ela estava cansada, tinha viajado, etc... e ele, irredutível, completou que se ela pudesse dormir todo mundo no bar poderia também.
Rimos muito inconformados com a situação e arrumamos uma atividade interessantíssima pra se praticar num bar australiano: desenvolver técnicas de como dormir sem que o segurança perceba. Babando sim, mas em pé! Acham que funciona?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A Ópera, a Ópera!




Lá estava ela! Linda, ousada, imponente e delicada, tudo ao mesmo tempo!
Estacionada, pousada sobre o mar!!!
Desde que chegamos ainda não tínhamos ido vê-la e eu não estava com a menor pressa porque sei que ainda vou poder aproveitá-la muito, descobrindo cada pedacinho. Mas o primeiro contato foi inesquecível!
E apesar de levar a fama, pra mim ela nem é o item principal. Aliás, não dá pra ter uma peça principal diante de uma baía como aquela, uma ponte como a Harbor Bridge, e o reflexo de tudo isso na água quando anoitece.
Quer saber, acho que talvez ele sim - o reflexo de tudo isso na água- seja a obra mais bonita, o cartão postal de Sydney!!!
Chegamos na orla no final da tarde pra um happy num bar que fica embaixo da Ópera, na beira do mar, com o sol e a brisa batendo na cara. Indescritível!
Ficamos até anoitecer e de repente você tem que começar a olhar tudo de novo porque a paisagem se torna ainda mais linda. Difícil dizer o que era mais bonito...
Então a saída foi curtir muito todas as vistas possíveis e claro, se preparar pra voltar lá ASAP!

Sinceridade é tudo!

Preciso emprestar uma história da Karina pra ilustrar nesse blog a que ponto chega a sinceridade do Australiano.
Antes devo prepará-los que o aspecto é tão marcante que no manual para estudantes estrangeiros que as faculdades nos oferecem com informações diversas sobre transporte, acomodação, comida, etc... há uma parte falando sobre isso e explicando que o australiano pode até parecer rude para alguns estrangeiros, mas ele simplesmente é sincero e franco!
Lá foi a Karina comprar um presente pro André numa loja de departamentos que é uma das melhores e maiores do país. Enquanto escolhia começou a conversar com uma senhora espanhola que também estava escolhendo o mesmo produto. Uma vendedora começou a atender as duas. A espanhola devia estar vindo da seção de cosméticos pois estava no melhor estilho "acabei-de-experimentar-todos-os-lançamentos", cheirando perfume de longe e muito forte. A vendedora não teve dúvida e mandou: "olha, eu vou ficar alí de longe porque o seu perfume está muito forte e está me dando dor-de-cabeça". A Kakes se controlou pra não começar a rir e continou lá. Dalí a pouco elas pediram à vendedora que mostrasse uma carteira da vitrine. Lá vai ela de novo: "a senhora pode então andar um pouco mais pra longe pra que eu possa chegar até a vitrine e pegá-la?".
Sinceridade em excesso às vezes pode fazer mal... Não por aqui!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Valentine's day! Andre's birthday!

Aproveitando a nossa temporada de férias prolongadas, lá fomos nós hoje para uma comemoração dupla: Valentine's day e aniversário do André.
Aqui perto da casa deles há um pedacinho do bairro estilo Vila Boim (pra fazer uma analogia familiar!) onde tem um monte de restaurantezinhos. A cada 10, 12 eram tailandeses!
Nem preciso dizer que... jantamos num tailandês!
ÓOOOtimo! Super bonitinho e a comida era divina.
E o melhor: aqui, ao contrário de SP, dá pra sair sem reserva no dia dos namorados e conseguir um lugar pra comer sem ter que ficar esperando por horas!!!
Outra diferença: só alguns restaurantes são autorizados a vender bebidas alcóolicas, então os que não são trazem uma identificação no cardápio ou no letreiro: BYO - Bring your Own e permitem que você traga sua própria bebida.
Lá foram os meninos até a esquina comprar uma cerveja e um vinho, que aqui tem preço de banana, já que o país é um dos maiores produto do mundo.
Na saída pedi para a garçonete se eu podia levar o balão que estava amarrado na mesa. Ela autorizou e a Kakes me esnobou: foi lá e pediu os balões que enfeitavam o restaurante!
Saí eu com o meu humilde balão cor-de-rosa e ela com o seu maço de balões degradês andando pelas ruas do bairro!!!

Bicho estranho não é canguru!

E nós que viemos pra cá pensando que veríamos bichos exóticos do tipo canguru, ornitorrinco, coala, etc...
Bicho estranho aqui é cachorro mesmo!
Hoje, andando pelas ruas, não é que me deparo com essa fofura aí abaixo! E quando me aproximei e pude vê-lo mais de perto percebi que ele não tinha nada de normal!!!
Claro que eu tive que pedir pro dono se poderia tirar uma foto. Ele, todo orgulhoso e sorridente, autorizou na hora, estacionou o animalzinho e lá fui eu com a minha máquina.
Então fica a sugestão pra quem quiser personalizar o seu cãozinho seguindo o Australian style!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

De volta à vida de estudante!


1o. dia de aula e já deu pra entender porque o país é conhecido como exportador de conhecimento...
Impressionante o nível de organização e apoio ao aluno desde o começo da faculdade no sentido de formá-lo como profissional, e não simplesmente fazer dele um técnico.
Tem palestra sobre tudo o que vc quiser: trabalho em grupo, estress pré-exames, como fazer uma apresentação, ética e postura no ambiente de trabalho segundo a cultura australiana, além de excel, power point, inglês acadêmico, etc, etc...
A maioria é voltada para a graduação, mas dá pra tirar proveito de bastante coisa (como os tours para conhecer os prédios, ou até mesmo para conhecer os bairros vizinhos da faculdade e decidir onde vc gostaria de morar!!!).
Durante o dia de hoje tive palestras sobre a faculdade, orientação com um psicólogo que falava sobre as dificuldades que os alunos enfrentarão com a mudança e com a nova vida universitária e até apresentação de dança aborígene, que não teve nada de esquisito mesmo com todos aqueles gestos e sons se comparado com a beca e o chapéu dos professores (reparem na foto)...
Teve café da manhã e almoço de integração e durante o tempo todo tínhamos etiquetas com nossos nomes no peito de uma cor determinada. Cada cor representava um curso, assim ficava fácil achar futuros colegas de sala e começar a conversar. Idéia simples e genial!
Quem sabe depois do dia em que a PUC/SP gastar com sabonete e papel higiênico no banheiro eles invistam nas etiquetas!!!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Maratona do aluguel

Começamos a busca de nosso novo lar por aqui, mas como estamos na casa de dois grandes amigos Andre e Karina, que já estão morando em Sydney à uns seis meses, já sabíamos o que íamos encontrar. O Mercado imobiliário é muito aquecido por aqui e funciona da seguinte forma:

1 - Vc vai a uma imobiliária da região que está procurando e pega uma "rental list" (lista de imóveis para locação) ou acessa os sites de imóveis da cidade http://www.realestate.com.au/ e http://www.domain.com.au/

2 - Feito isso vc já pode selecionar alguns imóveis que gostou e ver que dia terá uma "inspection" (é o dia onde vc e mais umas 30 pessoas vão visitar o imóvel que escolheram durante 15 a 20 minutos acompanhados do corretor)

3 - Após a visita vc recebe do corretor um "application form" formulário que deve ser preenchido para concorrer à vaga no imóvel. Isso mesmo!! Vc tem que concorrer com todos que quiserem aquele AP.

Enfim! Mandaremos nosso primeiro "application form" amanhã, mas já ainda estamos procurando outras opções, pois já sabemos que o negócio é muito concorrido por aqui.


Abraços e aguardem as novidades

Impressões gerais dos primeiros dias

De modo geral posso dizer que o que me chamou a atençã até agora foi:
1. O povo aqui é muito bonito! Todo mundo, tanto os homens quanto as mulheres. Eles têm os traços dos europeus com a pele bronzeada e o corpo bem cuidado do carioca. Embora o índice de obesidade do país seja o 2o. maior do mundo segundo a nossa "fonte de informações para assuntos diversos André", o que vi pelas ruas até agora foi bem diferente disso.
Em todos os restaurantes de fast-food se vê muitas opções de salada, legumes, etc... Também se vê algumas coisas americanóides no supermercado como uma caixa de cereal gigante, afinal de contas ninguém é perfeito...


2. Todos os banheiros públicos pelos quais passei até agora (e não foram poucos pq a gente passa o dia inteiro rodando pela rua) têm a descarga para sólidos e líquidos, que só recentemente foi lançada no Brasil. Por favor entendam o que eu quero dizer pq se eu tiver que desenhar essa situação para explicar o blog vai ficar muito feio!
3. O povo é direto e prático, mas muito prestativo e atencioso. Te oferecem ajuda sem vc nem pedir e ao contrário do europeu que caminha pelas ruas como se estivesse sozinho no planeta, eles se entreolham, se falam, um pouco como no Brasil.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Step One - A viagem

Finalmente chegou o grande dia!
Planos, projetos, sonhos, prepração, expectativas, lágrimas e emoções tudo misturado no saguão do aeroporto de Guarulhos, que estaria vazio não fosse a verdadeira equipe que estava presente pra se despedir da gente!
Confesso que ficamos muito emocionados com tanta gente por lá e por nos sentirmos tão bem quistos naquele momento.


















Voamos pra Argentina com meia hora de atraso esparramados por um avião onde não tinha ninguém, esperamos no aeroporto por umas 3hs e de lá direto para Nova Zelândia, onde chegamos 13hs depois.
Até que não foi tão cansativo e passou mais rápido do que esperávamos.
O momento de maior emoção do vôo não teve nada a ver com turbulências, tempestade ou pousos e decolagens arriscados, mas sim com um vizinho maluco na poltrona de trás.
Assim que entramos no avião baixamos os bancos para experimentá-los e em seguida chamamos um comissário para pedir um copo de água. Os passageiros ainda estavam entrando e se acomodando e enquanto conversávamos com o comissário o maluco chegou, agarrou o encosto de cabeça do Lê e puxou com tudo até deixar o banco na posiçã vertical, ao invés de pedir que levantássemos... Olhamos assustados e ele fez o mesmo no meu banco... Virei pra trás e falei que ele poderia nos pedir que levantássemos o banco e o faríamos sem problema nenhum. Ele gritou que já tinha pedido.
MENTIRA! Nem a gente nem o comissário tinha escutado nada.
Tudo bem... Deixamos pra lá.
O avião levantou vôo e a poltrona do Lê até baixou sozinha porque o maluco devia tê-la quebrado.
Uns 20 minutos depois mexi no meu banco e baixei um pouco o assento sem querer. O cara imediatamente enfiou pelo vão dos bancos o papel com as intruções sobre pouso e decolagem e começou a gritar (tudo em inglês claro): vocês não tem o papel? Não leram as instruções?
O Lê catou o papel, jogou de volta pra trás e foi respondendo que tínhamos o papel.
Ficamos putos!
Esperamos o momento de soltar os cintos e lá fui eu direto contar tudo para a chefe da cabine. Um dos comissários voltou comigo e falou para ele que poderíamos baixar nossos bancos o quanto quiséssemos durante o vôo e depois disso ele sossegou um pouco.
Pelo menos por algumas horas, até que começamos a conversar com a vizinha de assento e ele começou a gritar que deveríamos respeitar quem estava dormindo...
UFA!!! Ainda bem que o aeroporto da Nova Zelândia era lindo demais pra compensar tudo! Limpíssimo, organizado, impecável, deu uma vontade enorme de voltarmos pra conhecer.
Saímos de lá 3hs depois com o nascer do sol e a vista de lagos e mais lagos debaixo de um céu listrado de cores lindas! Os elfos do Sr. dos Anéis sabiam bem onde estavam!
3hs e 1/2 depois chegamos em Sydney. Céu aberto, o avião sobrevoou a baía e do alto vimos a Ópera, a ponte, tudo lindo, lindo!!!
Passamos pela imigração rapidinho e sem ter que abrir nada, saímos e lá estava a Kakezinha e um balão escrito "Wellcome to Autralia" para nos receber!
Muito fofo! Que saudades dela!
Lágrimas na saída, lágrimas na chegada, muito bom, muito bom!!!

Fomos até o ap, encontramos o André, tomamos um café da manhã e já saímos pra passear.
Antes fui tentar carregar uma das malas, pus em cima do pé e ficou tudo roxo!!! Calma, mami! Já está tudo de volta ao normal e o pé já está branquinho de novo! Fomos até minha faculdade (linda DEMAIS!), a um shopping perto dela porque estava chovendo muito, supermercado e de volta pra casa.
Capotamos!