segunda-feira, 28 de abril de 2008

Festa no apê!


Emprestando a célebre frase do "poeta" brasileiro Latino, começo essa postagem pra contar que sábado teve festa no nosso apê!

Pra resgatar os bons e velhos hábitos de São Paulo fizemos um jantarzinho aqui com a Kakes e o André (que têm cadeira cativa) e as novas participações, diretamente do Rio Grande do Sul (bah!), do Juliano e da Marti.

O Lê o conheceu no congresso do PMI (eu os conheci aqui em casa mesmo!) e eles moram aqui já há quase um ano.

Entre os vários assuntos que surgiram durante a noite os blogs foram um tema de grande discussão.

Primeiro porque eu assumi que quando entrei no blog do Juliano e da Marti morri de inveja... Não vou nem dar o endereço pra vocês não acessarem e verem como ele é muito mais fashion que o meu. Eu tentei copiar o layout no dia, mas meu marido não me autorizou e agora que já contei tudo isso pra eles fica ainda mais difícil...

Segundo porque uma outra pessoa presente no jantar (que eu não vou citar o nome pra não fazer acusações mas que eu sei que vai ler essa postagem!!!) disse que estamos sabotando as ferramentas que mostram aonde o blog está sendo acessado pelo MUNDO AFORA!

Aproveitando, vou explicar para quem não conhece ou não reparou que ferramenta é essa. Aquele mapinha que tem agora do lado direito, embaixo do relógio, mostra aonde estamos sendo lidos!!!

Reparem que já têm marquinhas vermelhas pelos EUAS, Irã, váaarios lugares da Europa, Japão, Nova Zelândia, Brasil, entre outros. Ou seja: um sucesso!

E contrariando as más línguas, não somos nós que ficamos acessando daqui com IPs de diferentes lugares, são pessoas de lá mesmo!!! Não sei o que várias delas devem estar entendendo, aliás, mas isso também não é problema nosso...


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Geraldo: Who can I trust?

Esse título pode parecer estranho, mas foi o nome do programa que assisti na TV daqui ontem.
Geraldo é um operário de São Paulo que estava questionando porque há tanta corrupção no Brasil e se nos países do primeiro mundo isso também era assim...
Desde de minhas primeiras semanas aqui eu estava pra escrever uma postagem parabenizando as terras Tupiniquins.
Em duas semanas de mestrado escutei o professor de Furniture Systems falar sobre os Irmãos Campanas e dizer que ainda dará uma aula só sobre eles. Em seguida o de Management e Leadership exibiu um vídeo sobre Ricardo Semler e sua empresa Semco, mostrando sua inovadora e ousada forma de gerenciamento discutida exaustivamente em nada mais nada menos que a Harvard.
Ou seja, só tava dando a gente por aqui!!!
Aí, ontem, dou de cara com o Geraldo...
Em rede nacional dizendo: "tem uma frase que não é minha mas eu gosto muito: dê poder a um homem e você o conhecerá de verdade".
Falou sobre as promessas de campanha do Lula, a transformação quando ele assumiu o poder, o MENSALÃO (...) entre outros episódios recentes e vexatórios da política brasileira.
Entrevistou o Suplicy, que foi apresentado como um político em quem ele confiava. Entrevistou o Zé Eduardo Cardozo (adorei essa parte!!! eu só voto nele!!!) por ser considerado um dos políticos mais sérios do Brasil, foi a Brasília, passeou pelo Senado, entrevistou os responsáveis pelas investigações, contestou porque não haviam resultados até hoje, etc...
Pra meu alívio, como a idéia era comparar se isso era um problema isolado do terceiro mundo, usaram histórias da política alemã e francesa pra exemplificar que existem casos no mundo inteiro, o que não deve acontecer é isso virar uma consciência e conduta generalizada.
Mas a gente sabe que esse não é o caso do Brasil...
(Pense positivo, SEMPRE!)

Alô, é ele mesmo. (Ah, Não entendi!!!)

Só pra minha esposa não dizer que só ela escreve no Blog vou deixar minha mensagem da semana falando um pouco da minha primeira experiência em atender telefones dos AUSSIE (apelido dos Australianos) na minha busca por emprego.



Diferente um pouco do Brasil aqui na Austrália as empresas costumam fazer uma mini entrevista por telefone antes de te chamar pra entrevista pessoal. Já não é fácil entendê-los pessoalmente, e pelo telefone então nem se fala.No início usei a tática de não atender o celular e depois pegar o recado na caixa postal para poder me preparar melhor e não ser pego de surpresa. Na primeira ligação que recebi e fiz isso, mal pude entender o telefone que a pessoa deixou para eu retornar a ligação, quanto mais seu nome e nome da empresa, ou seja a estratégia não foi tão boa.



Resolvi então atender o telefone. A diferença já começa no simples ato de atender o celular no meio do dia e ter que dizer Hi! ou Hello! Yes Liandro speaking! ao invés de ALO! As primeiras frases são as mais fáceis pois não passam do Como vai!! Tudo bem!! Tudo!!! e assim por diante (igual as que aprendemos no curso de Inglês). O problema começa quando eles desembestam a falar rápido, sem sequer respirar, usando gírias e expressões locais que, na primeira, segunda, terceira... vez que vc ouve, não entende bulufas e diz: ahã... ahã e o maluco continua falando como um trator.



Neste momento que vem a pergunta e vc precisa responder. E ai??? Primeiro que eu só percebia que ele tinha perguntado alguma coisa pq ele havia ficado 1 segundo sem falar nada. Segundo, se mau eu percebia que ele tinha me perguntado algo o mais difícil era saber o que ele tinha perguntado. Nesta hora ou vc dá uma de loco e responde qualquer coisa ou pede pra pessoa repetir a pergunta, pois vc não escutou bem, que era o que eu fazia.



Depois disso a pessoa repetia a pergunta, eu conseguia entender mais algumas coisas (eu acho) , respondia a pergunta e desta forma ia até finalizar a ligação.



Com o passar dos dias isso vai melhorando e vc começa a entender o sotaque, gírias, expressões comuns e ai as coisas vão ficando mais fáceis e as conversas fluem melhor.



Bom, o que importa disso tudo é que eu vim pra cá para isso e imaginava que passaria por situações como essa, no entanto a experiência está sendo maravilhosa e muito proveitosa com toda certeza.



Abraços

terça-feira, 22 de abril de 2008

The (lovely) Rocks

Esse domingo, aproveitando uma folguinha da garoa que não pára por aqui há uma semana (parece SP!), saímos para explorar um bairro da cidade que se chama The Rocks.

Lindo, lindo, lindo!

E o mais legal: ele está do outro lado da Ópera House e da Harbor Bridge, então a gente pode ver os cartões postais de Sydney sob um ângulo diferente do que estamos acostumados a ver na maioria das fotos e de nossos passeios por aqui.

Entrando no bairro você tem a nítida sensação de que está na Europa.

Cafés, cafés, cafés, restaurantezinhos, ruelas, Plátanos e de repente uma pracinha, um outro cafezinho, lojinhas... Um charme!!!

Andamos por muitas das ruas e sem querer topamos com um feirinha (da qual o Lelê correu, então não tenho muito o que falar a respeito...). No final dela fomos literalmente parar embaixo da ponte!

Mas é a Harbor Bridge, então estar embaixo dela foi um prazer, acreditem!!!


Numa das galerias da região também achamos algo muito interessante: uma fábrica de bala, daquelas coloridinhas cheias de desenhinhos (que enchem mais os olhos que a boca!).

Um dos "produtores" esticava a bala de puxar (aquela de coco, que tem em aniversário de criança) no mesmo estilo que a gente fazia na casa da D. Julia!!!

Só que ao invés de mobilizar a equipe inteira (como a família Mistro TODA era mobilizada...), ele tinha um gancho onde enroscava a "minhoca" de bala e puxava sozinho! Muito inteligente! (Vó, pense em instalar um na sua cozinha!)

Quando a bala ficava branca (pra quem não sabe, ela sai do fogo transparente e vc tem que esticar, esticar, esticar, .... por séculos até que de repente ela fica branca!) ele juntavam com vários pedaços de uma outra massa colorida transparente, faziam um bolão, ia puxando pedaços desse bolão, enfiando numa máquina e aquilo saia do outro lado todo marcado.

Quando esfriava eles começavam a quebrar com a mão e as balinhas estavam lá, prontas!!!

Ainda pudemos experimentar, quentinhas, com o meio molinho! Uuuuuhhmmmm!!!




segunda-feira, 21 de abril de 2008

Deus, salve a América...

e a TV australiana, por favor!!!
Esse é só um apelo e um comentário rápido numa segunda de manhã.
Eu já odiava TV no Brasil e tinha banido-a do meu dia-a-dia.
Aqui, como não temos DVD nem TV a cabo ainda, sou obrigada a assistir a programação normal.
E posso garantir: ela é tão ruim ou pior que a brasileira...
Mas a parte mais difícil de engolir nem são os programas, são as propagandas.
Oh, meu santo...
A cada 30, 1 salva (a que eu publiquei no blog é uma das 30s).
Elas são péssimas, toscas, feitas em casa!!!
Têm umas que parecem apresentação de Power point, outra com dois cantando fazendo um jogral, outras com uns tiozinhos cheios de anéis de ouro imensos nos dedos pra anunciar carros, ruim, ruim, ruim DEMAIS!!!
Eu tenho vontade de filmar a TV e colocar os vídeos aqui só pra compartilhar com vocês o tamanho da minha indignação... Eu preciso dividir isso!!!

Publicitários brasileiros, por favor, venham pra cá! Tenho certeza que vocês vão fazer milagres!
Fui! (Que eu preciso fazer trabalhos. Acho que vou ter que desligar a TV...)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Tão perto da Ásia

Existe um aspecto da vida aqui na Austrália que é muito curioso e sobre o qual eu nunca havia pensado a respeito até vir.
Quando a gente mora no Brasil sabemos que somos bombardeados pela cultura americana e, em menor escala, européia. Embora tenha consciência disso, só consegui mensurar o tamanho dessa influência quando cheguei aqui.
Os fast-foods de Sydney são, maciçamente, restaurantes tailandeses, chineses, japoneses ou libaneses.
Assim como a gente compra um pão de queijo aí em qualquer esquina, aqui se compra um Kebab ou um rolo de sushi.
Restaurante italiano aqui é uma exceção. Existem, mas são 1 pra cada 20 dos outros.
As notícias que passam no jornal daqui tratam todo dia da Índia e China, sem falar no Zimbábue, que ocupa 50% do jornal.
A programação da TV, de manhazinha, exibe jornais em outras línguas. Claro que tem um chinês, já vi em italiano, espanhol, algumas línguas que não sei nem identificar e o mais surpreendente: um canal de Dubai. O apresentador, pra minha surpresa, devidamente trajado com turbante!

As embalagens de produtos de alimentação, assim como aí tem tradução para espanhol ou inglês, aqui têm pra chinês! Nossos iogurtes têm data de validade cheia de desenhinhos!!!
Até mesmo as padarias daqui são influenciadas e existem algumas redes que parecem ser convencionais, mas quando você entra percebe a diferença: são padarias asiáticas.
Pois é, não sei se é ignorância minha, mas eu nunca tinha pensado que, em primeiro lugar, existem padarias na Ásia (o que é óbvio, eu sei, mas sei lá... Nunca tinha pensado a respeito)!
Segundo, como elas seriam.
E são simplesmente TENTADORAS....
Estou fazendo uma pesquisa pro mestrado sobre uma delas (já engordei uns 3 quilos por causa disso!) e o que posso dizer é que são divinas, super diferentes e os produtos parecem vindos de um restaurante japonês, não de uma padoca.
A foto ao lado é de um pão, não de um sushi, acreditem!

Tudo bem que eu tenho saudades da Deôla e da Villa Bahia, mas diria que essas férias da cultura européia estão me trazendo experiências maravilhosas!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mundo diferente, pessoas iguais!

Minhas salas na faculdade são uma imensa salada-mista.
Pensem num país, religião ou língua. Tem algum representante lá!
Duas matérias das que faço, por serem obrigatórias, tem mais ou menos uns 25 alunos pro sala (as outras duas têm 6!).
Nessas, só que eu já sei, tem: brasileiro (mais um além de mim!), colombiano, espanhol, iraniano, chinês (chinês, chinês, chinês, ...), coreano, indonesiano, indiano (indiano, indiano, indiano, indiano, indiano,....), francês, austríaco, tailandês, e... Ah, claro! Um ou outro australiano!
Me aproximei no último mês de duas meninas iranianas, por quem, sem muita explicação, senti uma empatia imediata e recíproca.
Uma delas mora aqui há 5 anos e já é cidadã australiana. A outra acabou de chegar e veio sozinha.
Ontem saímos pra jantar juntas e pudemos conversar bem mais do que durante as aulas.
É simplesmente fascinante poder estar com pessoas de lugares tão diferentes, com uma cultura e criação tão diferente da nossa (imposta pelo governo, infelizmente...) e uma experiência de vida tão complexa.
Ao mesmo tempo, apesar de hábitos como casamentos arranjados, restrições a bebidas, restrições a animais de estimação (isso mesmo! eles não podem ter...), nunca conheci pessoas tão parecidas com a gente.
O jeito de ser, os modos, o bio-tipo, a maneira de pensar (a original, que existe por trás das imposições a que eles são submetidos) é muito, muito semelhante ao nosso.
Me senti muito confortável de perceber que mesmo tão longe, posso ter amigas de verdade por aqui, parecidas com as minhas queridas e agora tãaaao distantes amigas daí!
Apesar de já ter morado duas vezes fora e conhecido gente de muitos lugares diferentes, posso dizer que nunca conheci pessoas tão parecidas conosco.
Com certeza em algum ponto da história da humanidade persas e italianos se cruzaram (e se alguém souber quando foi, por favor, me conte!).
Uma foto pra vocês poderem conhece-las melhor, sem as echarpes e mangas compridas que elas são obrigadas a usar por lá... (A minha direita, Baha. A esquerda, Parisa)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Essa postagem é proibida para:

- conservadore de plantão

- menores de... Sei lá! Hoje em dia acho que 6, 8 anos...

- maiores de 70 anos de idade mental

Existe no Brasil uma propaganda clássica na TV, que todo mundo já deve ter visto: sobre o Boston Medical Group.
O lugar trata de problemas de impotência, ejaculação precoce e similares.
A propaganda tem um perfil super sério, conservador e principalmente discreto. A imagem que passam do lugar e do serviço é igual.
Beleza!
A propaganda do serviço similar oferecido na Austrália, por outro lado, reflete exatamente o jeito de ser do australiano.
Mesmo diante de um tema relativamente tabu / delicado / constrangedor / sei-lá-o-que, o método de abordagem é bem diferente do brasileiro!
Confiram abaixo:

YES! Nos temos internet!

Após quase 3 semanas de longa espera estamos novamente conectados ao mundo!
Agora podemos acessar nossos e-mails, falar com as pessoas, escrever no blog, tudo diretamente do nosso sofá!!!
(Por enquanto do sofá mesmo, porque acabamos de queimar o roteador sem fio que trouxemos do Brasil... Esquecemos que aqui tudo é 220, ligamos o aparelho na tomada e uma fumacinha no melhor estilo gelo-seco começou a sair de debaixo dele!)
Nosso telefone de SP volta a funcionar (quem não tiver o número escreva um comentário com seu e-mail que eu mando a resposta) , não temos mais que correr ate a universidade para poder saber qualquer tipo de informação e posso voltar a escrever com acentos!!!
A gente não se dá conta do quanto é viciado-dependente-fissurado em internet...
E um ultimo comentário: definitivamente, telefonia/internet é igual em qq lugar do mundo!
Até a desculpa para os serviços que não funcionam é a mesa: culpa do sistema que não havia identificado nosso endereço, por isso eles não puderam vir na primeira data prometida... Ahaam... Sempre o sistema! Lele agradece!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Semi-permanent

Esse é o nome do congresso do qual participei no último final de semana.
Sexta e sábado, conferências o dia inteiro sobre design gráfico, multimidia, cinema, animação e fotografia.
Antes que me perguntem o que eu estava fazendo lá, estou aproveitando o mestrado pra diversificar um pouco minha formação e animação esta entre os temas que quero começar a estudar.
O congresso foi o máximo!

Entre algumas presenças marcantes estava o fotografo americano Spencer Platt, vencedor do prêmio de melhor foto para imprensa em 2006 com a foto abaixo, tirada da guerra do Líbano. Ele também é o autor de uma das principais fotos do 11 de setembro, de quando o segundo avião bateu na torre, e que foi publicada no mundo todo.
Também assisti a uma palestra com um dos diretores de uma das maiores empresas de animação atuais - a Pixar, que fez Ratatouille, Nemo, Vida de inseto, Cars, Monstros S.A., entre outros filmes fantásticos.
O cara era demais e capaz de deixar qualquer um encantado pelo trabalho maravilhoso que fazem por lá. E o que há por trás de um filme desses... Vocês nem imaginam!
Pra quem já viu reportagens e fotos sobre como é o ambiente de trabalho no Google e achava legal, veja o que se pode fazer (e fazem) com as baias dentro do escritório da Pixar.
O próprio diretor que estava falando com a gente tem uma parede falsa na sala dele. Atrás dela nada menos que um cassino com bar, mesa de roleta, carpete vermelho e tudo mais!!!
Claro que, como em todo congresso, tinham que ter os palestrantes péssimos, e essa classificação ficou a cargo dos artistas plásticos que foram falar.
NAAAAADA contra os artistas, em hipótese alguma. Mas quem apresenta para uma platéia de mais de 2.000 pessoas fotos de uma "manifestação artística" que fez e durante a qual uma pessoa injetava na veia dele "substâncias" para mostrar a diferença que elas faziam no desempenho do seu trabalho, pra mim não pode ser chamado de artista...
Ou o outro, que entrou na palestra, colocou uma seqüência de fotos dele e dos amigos dele no telão (não do trabalho dele, leia-se) e entre elas haviam várias deles fumando craque e coisas desse nível!
Detalhe: a platéia era cheeeeia de estudantes...
No Brasil talvez ele fosse preso no final por apologia às drogas, o que eu não acho nada mal já que escutamos uma estudante falando que adorou a "filosofia" dele...
Filosofia? Pobre Platão!
Para salvar a moral dos artistas, em compensação, assisti uma palestra de uma que se chama Amy Sol e tem um trabalho bem interessante, inspirado nos Mangás japoneses. Chequem o site, vale a pena conhecê-la. Totalmente centrada, pra provar que pra ser artista - e bom - não precisa ser maluco!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Minha vida de nerd

Meu mestrado tem se mostrado simplesmente incrivel!

Nunca imaginei que fosse gostar tanto de ser nerd!

Quer dizer, eu ja tinha descoberto esse meu lado desde que mudei de area. Dentro de mim existe, na essencia, uma pessoa nerd.

Eu so estava na area errada e abominava qualquer texto que pudesse ter relacao com direito.

(Por isso, papai, nao frequentava (parte das) as aulas de direito, lia livros ou fazia trabalhos. E mesmo assim me formei sem nunhuma DP. Incrivel a qualidade de avaliacao da PUC/SP! Mas isso e assunto pra outra hora... Ou melhor, passado!).

Faco 4 materias.

Uma das obrigatorias (Social Change Design) tem como foco estimular os designers a desenvolverem produtos que causem mudancas, melhorias na vida das pessoas. Algo que seja realmente significativo, grande, de relevancia social e nao solucoes isoladas para determinados individuos. O professor, claro, e um sociologo/arquiteto/sei-la-mais-o-que com cara de maluco (mas adoravel, um dos melhores!!!) e uma pessoa interessantissima. Daqueles que ja trabalhou com a ONU em projetos no Nepal, construiu uma casa de produtos reciclados e morou nela por anos, etc...

Outra e dada por um jovem alemao ex-PricewaterhouseCoopers Brasil!!! Ou seja: trabalhamos na mesma empresa e mesmo escritorio em SP, so que em epocas diferentes (o mundo e definitivamente uma pracinha)! Tambem e obrigatoria (chama Practice Management & Leadership) e trata de gerenciamento. A ideia e que os designers saiam aptos a gerir seus proprios escritorios, empresas ou simplesmente equipes. Ou seja: uma coisa BASICA. Que toda faculdade deveria ter. Se todo curso ensinasse isso, o mundo corporativo seria MUUUUITO melhor uma vez que todos os chefes teriam sido pelo menos um pouco preparados para ser chefes, e nao simplesmente alguem que se deu bem tecnicamente e foi promovido. Um dia a gente chega la...

As outras duas materias sao optativas.

Uma e sobre mobiliario (Furniture systems & technologies). Nela a gente observa, analisa, discute e estuda como algumas das principais pecas de design foram concebidas, o que elas tem de diferente, o porque de certas sutilizas e principalmente metodo de execucao. O mais legal dessa aula e que a gente parece, pra quem olha nossa sala de fora, um bando de malucos olhando alucinados por horas para uma cadeira em cima de uma mesa!!!

Nada como estar numa escola de criacao!

A ultima, e uma das melhores (Experience Branding). Nessa eu inovei em varios aspectos. Primeiro porque a materia trata de uma tema que e novo no mundo do marketing. Segundo porque o mundo do marketing e novo para mim! Ela estuda a extensao da vivencia e experiencia que um consumidor pode ter quando em contato com uma marca. O quanto a gente pode explorar esse envolvimento dele com tudo o que esta relacionado a marca: o espaco, o staff, a embalagem, a midia, etc... Complexo, ne?! Mas muito interessante, eu garanto, principalmente para o desenvolvimento de espacos comerciais.

O professor e um escoces de All Star laranja. O All Star, por sinal, passa a maior parte do tempo em cima da mesa!

Comemos um canguru!!!

A postagem esta um pouquinho fora de data, mas e por causa da nossa fase "desconectados do mundo moderno"...
Fizemos um mega almoco de Pascoa aqui (eu, Le, Kakes e Andre).
Eu e "minha equipe" - porque todo mundo teve que entrar na danca - preparamos dois tipos de lasagna: uma normal e uma de beringela (que trabalho que da aquilo!).
Para acompanhar...
Carne de canguru!!!
Nao perguntem muitos detalhes do tipo: era lombo? coxa? barriga? Sei la!
Era canguru, e ponto!
Um pedaco "X" que compramos no supermercado e ja vinha temperado com alho e ervas finas.
O Le talvez queira dar mais detalhes, mas eu, como uma pessoa que nao liga pra carne de modo geral, posso dizer que ela ate que e bem interessante.
Os carnivoros de plantao vao gostar, com certeza.
E muito vermelha, muito macia e levemente adocicada (o que eu ainda nao sei se era so por causa do tempero ou se e dela mesmo).
Valeu a experiencia!
Ah! E tem varios pedacos congelados no freezer (o bicho e grande!) se alguem quiser passar pra experimentar.
(Todos devidamente amarrados para evitar da nossa geladeira sair pulando!)

Ataque ao picnic

Num lindo domingo de sol em Sydney, no comeco do outono, o programa ideal e um picnic no parque!

O tempo ja esta agradavel, nao e mais um calor insuportavel e os dias sao belissimos.

La fomos nos (eu e Lele) com a nossa sacola, cangas, almofadas da sala (deixa o proprietario saber!) e livros para o parque que tem a uns 3 minutos caminhando de casa.

O parque fica na area da Universidade de Sydney e e como se fosse parte do campus. La tem uma piscina publica enorme aquecida que vc pode pagar e usar. Alias, tem varias assim espalhadas pela cidade.

O picnic estava otimo, extremamente agradavel, o parque muito calmo e bonito.

Pessoas, bebes, rodinhas de picnis, caes, outros caes e ficamos comentando sobre a educacao e bom comportamento de um grande e preto que corria atras da bolinha e trazia na mao do dono sem parar, ao contrario do que o ex-nosso pequeno e genioso Nilly (Picolino para os intimos) estaria fazendo se estivesse por ali: ja teria sentado pra descansar, levado a bolinha pra onde ele quisesse, feito festa pra quem passasse, etc...

Ate que surge do nosso lado um tipinho bem parecido com ele.

E claro, correndo do dono, indo pra onde ele queria, fazendo festa pra gente, e concluimos que isso nao era dele... E coisa de pequenas bolinhas fofinhas de pelos!

Ate ai tudo bem! Quando resolvemos ir embora (o Le ja tinha ate se levantado do chao) surgiu um outro cao na historia que resolveu vir brincar com a bolinha fofinha.

No melhor estilo pega-pega, eles resolveram comecar a correr um atras do outro. So que o ponto que escolheram para girar em volta era, nada mais nada menos, que EU!!! Em cima do nosso territorio de picnic!!!

Pra nossa sorte as comidas ja estavam guardadas.

Eu ria tanto da cena que nao conseguia me levantar do chao. E la ficaram os dois, girando em circulos a mil por hora em volta de mim, passando por cima da canga, mochilas, almofadas, etc...

A dono do segundo cao apareceu dali a pouco correndo, pedindo mil desculpas, e quando soube que o branquinho nem nosso era, nao soube onde enfiar a cara...

Mas tudo bem! A gente ama tanto esses bixinhos que nem se incomodou com a bagunca!