domingo, 17 de julho de 2011

E não é que eu voltei?!

Pra contar agora do meu aniversário Junino-australiano.

Que nem junino é – já que acontece em julho – e muito menos australiano já que a comilança foi toda mais brasileira possível, com direito a quentão, paçoca, cuscuz e até canjica.

Curiosidade rápida: não ofereça um quentão a um gaucho e lhe dê um copo daquela bebida de gengibre e pinga sob o risco de frustrá-lo… O que a gente em São Paulo chama de quentão é, pra eles, nada mais que o vinho quente. (Conhecendo o Brasil fora dele!)

Esclarecimentos à parte, a festa foi um sucesso!

Pra alguns até um alívio porque embora existam algumas festa juninas por aqui, a crítica a principal delas foi que está se tornando mais uma festa brasileira, e não uma festa junina em sí.

Embora saibamos e reconheçamos que é organizada com muita dedicação por uma das mais importantes associações de brasileiros daqui, o fato é que todos os eventos brasileiros estão se tornando iguais porque quem está presente são sempre os mesmos restaurantes, café ou distribuidores de comida.

O que quer dizer que independente se a festa é junina ou se é Brazilian Day ou se é festival de cinema brasileiro, as opções são sempre as mesmas.

Ainda bem que eu consegui em meio a muito trabalho no escritório cozinhar algumas das comidinhas tradicionais da festa pra deixar nossos amigos matarem as saudades enquanto a gente cantava um parabéns em duas línguas, afinal os convidados australianos também tinham que ter chance de cantar a tradicional musiquinha, fosse em que língua fosse.

E eu, que adoro um aniversário, nem me incomodei!

E falando em australianos participado da festa, tenho que fazer jus a um em especial e dar-lhe o prêmio de melhor caracterizado porque ver um gringo vestido de caipira é por si só muita diversão garantida.

Quando ele resolve cair na maldade dos brasileiros e aceitar o desafio de comer 3 paçocas em 1 minuto então…

Aí da vontade de fazer 2 festas juninas por ano!



domingo, 3 de julho de 2011

Apresentando o novo lar

Hey, Hey, Hey!
Que vergonha... Aparecer aqui depois de um ano...
Mas preferi acreditar que é verdade quando dizem “antes tarde do que nunca” e voltar com o intuito de reativar esse blog que eu gosto tanto – aí eu aplico o outro ditado: “o que vale é a intenção”.

Nem preciso dizer que muito aconteceu em um ano, mas vamos começar pelos acontecimentos mais recentes.

Desde que chegamos aqui morávamos no mesmo apartamento (pra quem me acompanha desde o começo, o famoso apartamento das baratas que rendeu tantos posts há 3 anos atrás).

No útimo ano comecei a trabalhar num escritório de design de interiores no norte da cidade (uns 30 minutos de casa) e estava querendo me mudar pra mais perto do trabalho.

Acabou que achamos um apartamento não só mais perto, mas na esquina!

É tão perto, tão perto, que eu tava morrendo de medo de não me acostumar.

Sei lá… Ficar vendo o escritório o tempo todo, andar pelas mesmas ruas, mesmos cafés, etc…

A verdade é que nos mudamos há 2 meses e estou no céu! Não poderia estar gostando mais de estar morando tão perto (exceto pelo fato de que agora talvez o escritório tenha que se mudar, mas isso fica pra outro post...)

Se você olhar uma foto bem clássica de Sydney, daquelas que mostram a bahia, a ponte e a Operah House, imaginem que a gente morava do lado da Operah. Agora cruzamos a ponte e moramos do outro lado da água. Ali é o Norte.

Ainda é bem perto (15 minutos até o centro), tem um nome complicadinho – Wollstonecraft – e fica perto de um dos centros comerciais da cidade (North Sydney), onde ficava o primeiro trabalho do Leandro aqui.

Com base em algumas classificações nem é mais Sydney, mas pra ser sincera, até hoje ainda não entendi exatamente essa organização geo-política deles. É bem diferente da nossa e por mais que eu tente comparar com as nossas prefeituras, sub-prefeituras, bairros, cidades satélites, parece que nada responde a questão.

Estando em Sydney ou não estando em Sydney, estamos amado o novo bairro!

É super arborizado, residencial (meu escritório é o patinho feio da quadra, perdido entre casas e casas), quieto, calmo e tem pássaros e possums passando na minha janela (sem falar o gato lindo do vizinho que dorme numa árvore bem em frente ao meu quarto).

Detalhes curiosos sobre a mudança: nós mesmos fizemos, com a ajuda dos nosso amigos. Como o apartamento anterior era mobiliado, não tínhamos muita coisa além de roupas livros e umas 2 caixas de utensílios de cozinha.

Conseqüência: quando chegamos no novo apartamento também não tínhamos muita coisa!

Como a mudança foi de uma hora pra outra e no meio do caminho tínhamos uma viagem de férias, não deu tempo de organizar nada e só o que conseguimos garantir foi um colchão pra que quando chegássemos no novo apartamento tivéssemos pelo menos onde dormir.

Geladeira, fogão, mesa, nada... Pelo primeiro dia, porque no segundo já tínhamos ganho um frigobar – que foi o perfeito quebra galho até conseguirmos comprar a geladeira - e uma mesa de centro (que virou nossa mesa de jantar-café-apoio-estudo-tudo-em-uma-só).

O curioso é de onde eles vieram. Existe aqui (e em mais alguns países eu acho) um grupo de emails onde as pessoas anunciam coisas que não querem mais ou que estejam precisando receber chamado Free cycle.

Você encontra absolutamente de tudo: de lente de contato, a gato e cachorro (literalmente - falando dos animais), móveis, computadores, utensílios de cozinha, montanhas de coisas de bebes (roupinhas, berços, cadeiras de carro, brinquedos), livros, roupas e por ai vai.

Ao invés de ficar com as coisas em casa sem uso, ou colocá-las na rua como muita gente também faz por aqui, a idéia é reciclar o que pra você não tem mais utilidade.

Conseqüência: menos consumo, menos desperdício e pessoas felizes dos dois lados.

A mesa continua aqui e já foi incluída na futura decoração da casa.

O frigobar já foi dispensado através do mesmo site, depois que conseguimos comprar a nova geladeira. Hoje ele mora com alguém diferente, espero que esteja sendo bem tratado, esteja feliz e sendo de muita utilidade para sua nova família!