quinta-feira, 22 de maio de 2008

Lixo para analfabetos

Que reciclar lixo é bom, ecologicamente correto e necessário todo mundo já sabe.
Que pode ser uma tarefa dificílima, requerer manual de instruções e workshops para aprender a fazê-lo, só quem mora em Sydney sabe!
Pode parecer brincadeira, mas aqui a gente tem um livrinho colado na geladeira pra saber em qual dos váááários cestos a gente tem que pôr o potinho de iogurte, a casca da banana ou o papel do chocolate.
A prefeitura oferece workshops para ensinar a população como reciclar seu lixo e faz propagandas disso com depoimentos de pessoas dizendo coisas do tipo "Eu achava muito complicado, mas agora tudo parece bem mais simples!".
Quando eu li aquilo a primeira vez devo admitir que pensei: "santa ignorância, Batman"!
Em São Paulo nosso prédio já fazia reciclagem e minha teoria para saber em qual dos dois lixos eu deveria colocar era mais ou menos a seguinte: tudo o que apodrece vai no orgânico, tudo o que não apodrece vai no outro.
Tudo bem que no começo eu achava que papel higiênico era reciclável, mas eu mereço um desconto porque isso foi logo que mudei pro prédio, o que quer dizer que faz quase 10 anos.
De lá pra cá eu aprendi bastante sobre reciclagem! Principalmente com o faxineiro do prédio que um dia, muito delicadamente, me deu a primeira aula sobre o papel higiênico.
O problema é que, passada a minha prepotente reação sobre os workshops, descobri que não sei o que fazer com várias das coisas que preciso jogar fora mas aparecem nas listas de excluídos do manual. Tá! Excluídos daquele cesto e vão em qual então???
Se tudo correr bem daqui a pouco eu vou começar a acumular lixo em casa porque eu não sei o que fazer com eles.
Começo a entender a origem das baratas...

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