Speechless, pra quem não fala inglês, significa basicamente: sem palavras, sem fala, sem ter o que dizer...
Sobre um documentário que passou essa semana aqui na Austrália.
o tema era São Paulo. Ou melhor dizendo: o problema social que assola SP devido à migração nordestina desenfreada e a falta de recursos que deveriam ter sido destinados àquela região.
Basicamente o documentário mostrava quem é Jader Barbalho, as acusações que existem contra ele sobre o desvio de verbas da SUDAM, como isso implicou no aumento da miséria naquela região e a consequente migração do povo que não tem nenhuma outra oportunidade para as regiões mais ricas do país (leia-se: a cidade de SP).
O documentário mostrava a entrevista de um traficante, assaltante de bancos e sequestrador e, em paralelo, uma fazenda de rãs, um bem-sucedido cirugião plástico que desenvolveu uma técninca de reconstruir orelhas a partir de uma cartilagem tirada da costela, uma menina que foi sequestrada e teve sua orelha cortada e um bem sucedido empresário da áre de TI (não identificado) que usa um chip embaixo da pela por segurança (na verdade... dois).
O documentário era bárbaro, mas mais bárbares ainda são as ações dos sequestradores...
E o que dizer sobre isso por aqui se alguém me perguntar?
Mentira?
A gente sabe que não é...
Realidade?
A gente sabe que, em boa parte, é...
E o que que eu faço?
Desde que morei fora do país pela primeira vez (14 anos atrás) percebi uma coisa: a gente se acostumou com uma realidade que não é real...
Pode parecer ambíguo, mas é verdade. A gente cresceu com a violência também crescendo a nossa volta e por isso a gente se acostumou a achar isso natural.
Mas será que é tão natural assim?
Como diria Caetano Veloso, o que a gente aprendeu foi a "depressa chamar-te de realidade"...
sábado, 22 de novembro de 2008
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