sexta-feira, 17 de julho de 2009

Momento constrangimento

Essa postagem fala de temas desagradável e pode ser vista como mal educada ou de mal gosto, por isso se você está de mal-humor, TPM ou é chato mesmo, não leia!

(Mas eu preciso compartilhar!)

Acabei de voltar de uma consulta médica.

Meu objetivo era reportar “alterações intestinais” e ontem a noite me dei conta de que teria uma certa dificuldade em explicar isso.

Nessas horas você se dá conta de que 10 anos depois ainda se lembra daqueles diálogos forçados dos livros de inglês:


- Olá! Como você está?

- Estou bem, e você?

- Eu também estou bem, obrigado. Estou indo para a escola, e você?

- Estou indo ao supermercado.

- Oh! Supermercado? Você vai fazer compras, NÃO VAI? (tag question)


(“Não! Vou andar de bicicleta, imbecil” – comentário que se passa na cabeça dos alunos.)

Mas alguém algum dia teve uma aula de conversação ou teve que ficar repetindo um diálogo do livro com este teor?


- Bom dia? Como você está hoje?

- Eu estou bem, obrigada! E você?

- Estou com diarréia.

- Oh, diarréia?! Você está fazendo coco mole, NÃO ESTÁ?


E aí, na hora que você tem que ir a um médico reportar certos detalhes da sua vida privada (sim, trocadilho!), você descobre que ainda tem muito o que aprender mesmo depois de tantos anos estudando uma língua.

Mas o pior mesmo ficou pra médica, que muito educadamente me perguntou: “you are not passing more wind, are you?” (que ao pé da letra que dizer: você não está passando mais vento, está?).

“Passando vento???”, pensei.

Fiz aquela rápida checagem de 3 segundos pelo meu cérebro pra ver se aquilo soava familiar – resposta: não consta – e fiz aquela cara de quem não entendeu.

E ela, uma senhorinha toda bonitinha e delicada, começou a fazer gestos reproduzindo o ato de soltar um pum!!!

Fantástico!

Um comentário:

Marilda disse...

Cintia, "passar vento" deveria lhe ser familiar... eh como sua avo expressa este "ato"!